SONETO 11
Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
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Antes de o assunto vir à pauta, ele já sabia. Que poeta esperto. Sabia que amor, na verdade, não apazigua, não acalma, não traz conforto e, se traz, é sempre provisório. Aliás, características de todas as outras instituições humanas.
Talvez os especialistas em literatura, os teóricos, os estudiosos, digam que o texto espelha o tempo em que foi escrito. Com certeza, acredito que isso, sim, esteja lá. Mas, para mim, o que faz dele um grande texto é essa percepção de que, sobre aquele que é tido como o mais elevado de todos os sentimentos, paira uma aura de idealização que é preciso desfazer.
Amor não redime. Mas queima, consome, expurga. Há que se aceitar suas limitações e ajustar as lentes para contemplá-lo com mais justeza. E asim, talvez, aproveitar um pouco do que ele pode nos oferecer.
(Acho que escrevi num tom mais professoral do que gostaria. Mas vou deixar assim mesmo.)
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Eu sei. O texto é batido. A Legião Urbana cantou aos sete ventos. Faz parte de qualquer coletânea mixuruca de sonetos. Mas hoje é ele que está me falando coisas aqui dentro.
Vou aproveitar o tom profe-musical e já que ele está te “falando”, vou mandar um:
Deixa que digam
Que pensem
Que falem
Deixa isso pra lá
Vem pra cá
O que que tem?
Eu não estou fazendo nada
Você também
Faz mal bater um papo
Assim gostoso com alguém?
Vai, vai por mim
Balanço de amor é assim
Mãozinha com mãozinha pra lá
Beijinhos e beijinhos pra cá
Vem balançar
Amor é balanceio meu bem
Só vai no meu balanço quem tem
Carinho para dar
Amor complica, amarra, sacrifica, emburrece, deprime. Mas é bão.
É batido mas é lindo… beijos, querida.
ownnn
acho q nunca amei assim…
e nem assado.
beijos
eu sempre amo assim. nem que seja por dois meses. sempre me arrebento e sempre faço tudo de novo. . .
eu também faço, mari. uma merda. mas eu tô aprendendo a ser mais esperta. bjs
Amor…algo complicadode se resumir,não?
mas tb me sinto por vezes assim como vc…
melhor mesmo dexar o coração falar por nós certas vezes…
Bjo!