Cozinha da Cris

Cansada de receber comentários de spammers, resolvi fechar meu blog de culinária, chamado Alma Zen e transferir para cá algumas das minhas receitas. Antes que alguém pense estar diante de uma chef, vou logo dizendo que minhas receitas são como meu blog: facinhas, descomplicadas e rápidas.

Todas as fotos são minhas e, na maioria das vezes, foram feitas na pressa, antes que o prato fosse literalmente destruído.

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1. BANANA DE RICO

Meu ex-marido [o nº 2] chamava essa receita carinhosamente de ‘banana de rico’. Sei que é uma receita banal, mas eu sou de opinião que algumas boas coisas da vida são feitas de uma banalidade perturbadora. Assim é a ‘banana de rico’ que muita gente conhece pela alcunha de ‘torta de banana’ mesmo. Nunca me incomodei de perguntar ao Sr. 2º marido de onde ele tirou esse nome esdrúxulo.

Para início de conversa é preciso fazer o doce de banana. Se houver bananas-nanicas que estejam de vez em casa, aí será a perfeição. O doce se faz tão somente preparando um caramelo – eu levei umas duas xícaras de chá bem cheias de açúcar ao fogo, deixei pegar uma cor marrom e coloquei duas colheres de água – e juntado-se a ele algumas bananas, oito, talvez, cortadas em três [não gosto de doce de banana em rodelinhas…]. Deixo cozinhar um pouco – sem tampar – e ponho de lado pra esfriar.

Enquanto isso, faço o creme. Dessa vez vão ao fogo uma lata de leite condensado, duas vezes a mesma medida de leite, duas gemas passadas na peneira, e duas colheres de sopa de maisena dissolvida em um pouco do leite. Pode colocar umas gotas de essência de baunilha, também. Mexeu, engrossou [se ficar grosso demais, é só juntar um pouquinho mais de leite], está pronto.

A maioria das pessoas monta o doce colocando a banana por baixo, depois o creme e coroando com um suspiro. Já eu prefiro colocar o creme, esperar esfriar, colocar o doce de banana com muito cuidado, espalhando carinhosamente e de maneira uniforme e terminando com o suspiro, fazendo um ‘sanduíche’ de banana. Aí levo ao forno pra dar uma cor no suspiro e pronto. Geladeira pelo máximo de tempo possível e pode atacar. Aliás, deve.

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2. PEIXE AO MOLHO DE MARACUJÁ

Essa receita de peixe já virou figurinha fácil nos cardápios por aí. A minha não apresenta nada de novo e nem a foto ficou lá muito boa. Relevem, relevem. O molho é bom, o peixinho, apesar de modesto, ficou bem saboroso. Ótimo pra ser feito naquele dia de preguiça ou de pouca inspiração.Atentem, portanto, para os ingredientes:
– 1 quilo de filés de congro rosa (pode ser outro tipo de peixe, mas esse aí é adorável)
– farinha de trigo para empanar
– sal e pimenta moída na hora a gosto
– 2 dentes de alho
– cheiro verde
– 2 maracujás grandes
– 1 lata de creme de leite
– 1 colher de sopa de manteiga
– óleo para fritar

Eu começo temperando os filés com o limão, alho, sal, pimenta e cheiro verde. Deixo os bichinhos descansando no molho por algum tempo (acho que, no mínimo, meia hora). Enquanto isso, vou me ocupar do molho de maracujá. Corto as frutas e bato no liquidificador – só um pouco – para que as sementes se soltem (pode guardar algumas sementinhas para colocar no molho depois e fazer uma bossa). Passo o caldo por uma peneira e reservo. Numa panela de fundo grosso, derreto a manteiga, junto o suco de maracujá, o creme de leite, sal a gosto (eu pus uma pitada só) e deixo ferver, mexendo sempre pra dar uma engrossada.

Quando os filés já descansaram o suficiente é hora de fritá-los. Antes disso, vou passando na farinha de trigo de um lado e de outro, sempre com cuidado e apertando um pouquinho. A essas alturas, o óleo na frigideira já está bem quente. Nessas horas é ótimo ter uma frigideira de fundo triplo. Vou deitando os filés nesse óleo, deixando dourar e virando com bastante cuidado. Esse peixe é de carne bastante delicada, por isso, uso sempre duas espátulas. Ficou douradinho? Hora de secá-los no papel-toalha e arrumá-los numa travessa.

Sirva os filés acompanhados do molho, salada verde e, se gostar, arroz branquinho ou integral. Fica suave e azedinho. Resumindo: uma delícia.

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3. CASSOULET DE PREGUIÇOSO DA MIKI

Desde que vi essa receita no blog da Miki fiquei com uma vontade danada de fazer. O tempo aqui no Rio anda fresquinho, particularmente favorável a uma comidinha mais encorpada como essa.Como todos devem saber, o cassoulet é um prato de origem francesa, que data, possivelmente, da Guerra dos Cem Anos. Possui inúmeras versões, algumas bem sofisticadas, onde se inclui o confit de pato, carne de caça e por aí vai.Aqui a coisa é extremamente mais simples, mas nem por isso, menos deliciosa. A minha versão ficou um pouco diferente daquela postada pela Miki, já que usei uma variedade um pouco maior de carnes.Pra início de conversa, deixei 1/2 quilo de feijão branco de molho de uma noite para a outra. Numa outra bacia deixei também de molho: lombo salgado, paio, linguiça calabresa e costela salgada. A quantidade de carnes vai depender do número de famintos que você tiver sob sua responsabilidade. Troquei essa água do molho das carnes pelo menos umas duas vezes.No dia seguinte, escorri o feijão e coloquei para cozinhar numa panela de pressão com água suficiente para cobri-lo. Junto com o feijão, deitei quatro folhas de louro e um cravo. Numa outra panela grande, coloquei as carnes com água e deixei ferver.Quando a panela do feijão começou a chiar, esperei mais uns dez minutinhos e abri a panela, para ver se o feijão já estava no ponto, o que quer dizer: nem duro, nem mole demais. Vendo que não estava no ponto, fechei a panela e levei ao fogo novamente, até atingir o ponto certo. Enquanto isso, a água das carnes ferveu e eu escorri.Feito isso, coloquei as carnes para cozinhar numa outra panela de pressão com um pouco de água (se você tiver só uma panela, transfira o feijão para uma caçarola). Para verificar se as carnes estavam macias (e elas não atingem o ponto ao mesmo tempo), usei o mesmo procedimento do feijão: abrir e fechar a panela. Conforme elas iam ficando macias, eu ia tirando, colocando junto ao feijão na outra panela e deixando ferver, que é pro feijão ‘tomar o gosto’. À parte, cozinhei uma cenoura no vapor (cortada em pedaços grandes) e juntei ao feijão quando esta amaciou.Quando esse processo acabou, coloquei óleo de milho numa frigideira funda e juntei: meia cebola picadinha, quatro dentes de alho, uma pimenta dedo-de-moça picadinha e um tomate grande. Deixei refogar e juntei isso ao feijão, juntamente com um pouquinho de pimenta ro reino moída na hora. Corrigi o sal, deixei ferver mais um pouco e estava pronto.Como a Miki muito bem explica, esse prato é tão completo que basta servi-lo com arroz branco e uma salada verde. Ah! Também fiz uma farofinha de alho e manteiga. De sobremesa, tivemos palha italiana. Só sei dizer que, pelo restante do dia, consegui apenas tomar chás diversos e comer frutas leves, tipo maçã e pêra. O cassoulet preenche todos os espaços vazios que porventura tenhamos… Obrigada, Miki, pela deliciosa sugestão.


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4. DEVIL’S FOOD CAKE

Não sou muito chegada a comidas sofisticadas, inovações, sabores esdrúxulos. Eu gosto de comida simples, natural e tradicional. Por isso, não me aventuro muito a fazer comida ‘de sal’ e nem posso escrever sobre; já que tudo o que faço é trivialíssimo.

Por outro lado, fazer doce sempre me pareceu uma grande brincadeira. Doce lembra infância, quando eu disputava – quase a tapas – as panelas que haviam acabado de sair do fogo, com restinhos de doce de abóbora, as tigelas de batedeira sujas de bolo e adorava roubar o bolo antes da hora. Doce lembra também muita diversão. Como não pensar em algo divertido vendo, por exemplo, o que essa moça aqui faz com açúcar?

Isso tudo pra dizer que, mais uma vez, vou postar uma receita de bolo. De chocolate. Chama-se ‘Devil’s food cake” e é uma receita tradicional da cozinha americana. Segundo a autora desse livro, algumas receitas dessa delícia datam do início do século XX. É um bolo que me agrada, pois não é muito doce. E o nome não poderia ser mais apropriado: ele é realmente uma tentação. Vamos a ele, então:

* Separe e deixe que fique em temperatura ambiente:

2 xícaras de farinha peneiradas
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1/2 colher de chá de sal
10 colheres de sopa de cacau em pó, sem açúcar
3/4 xícara (+ ou – 150 g) de manteiga
1 xícara de açúcar branco peneirado
3 gemas (usei 4)
1 xícara de açúcar mascavo
1/4 de xícara de água
1 xícara de leite
1 colher de chá de essência de baunilha
3 claras em neve (usei 4)

1. Pré-aqueça o forno à temperatura média.

2. Peneire de novo a farinha com o bicarbonato de sódio, o sal e o cacau em pó.

3. Numa tigela grande, bata a manteiga até ficar mole e vá acrescentando o açúcar branco aos poucos. Misture bem até ficar bem leve e cremoso. Junte e bata as gemas, uma a uma. Adicione o açúcar mascavo e mexa.

4. Acrescente e misture a farinha com a mistura de manteiga em três partes, alternando com o leite, a água e a baunilha. Misture a massa até ficar lisa, depois de cada adição. A receita não pede, mas eu adicionei amêndoas à massa.

5. Junte cuidadosamente as claras já batidas em neve, sem bater. A maneira certa é misturar com gestos delicados até incorporá-las. Depois disso, asse em uma forma retangular (a minha é média), por aproximadamente 25 minutos.

6. Quando esfriou, cortei o bolo ao meio e mais uma vez, fazendo quatro partes. Fiz o recheio e a cobertura assim: 6 colheres de sopa de açúcar, 1 lata de creme de leite sem o soro, 8 colheres de chocolate em pó, uma colher de sopa de manteiga. Juntei tudo, levei ao fogo até ferver e estava pronto. Joguei por cima, peneirei açúcar de confeiteiro quando a cobertura esfriou e enfeitei com cerejas.

Experimente com uma xícara de café bem quentinho!!

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5. ROCAMBOLE DE CHOCOLATE COM CREME DE IRISH COFFEE

A receita desse rocambole maravilhoso saiu desse livro aqui; um dos presentes que eu ganhei no Dia das Mães:
A massa, a princípio, pareceu diferente de todas as massas de rocambole já vistas anteriormente por mim, mas eu garanto: não há nada nela que precise ser modificado ou acrescentado, por mais estranho que possa parecer, ou por mais incrédulo que você seja. No final, tudo dará certo, apenas e tão somente se você seguir todas as instruções. Eu fui querer introduzir inovações e quase me estrepei. Não deixe que isso aconteça com você. A única coisa que pode ser mudada é o recheio, embora, nesse caso, ele não possa mais ser chamado de rocambole com ‘creme de Irish coffee’… Dito isto, passemos às instruções:
Para a massa:

175 g de chocolate puro picado
5 ovos, gemas separadas das claras
150 g de açúcar refinado

Para o recheio:

1 colher de café expresso instantâneo
200 ml de creme de leite fresco
4 colheres de sopa de whisky

1. Unte e forre com papel manteiga uma forma retangular de 33 x 23 cm. Unte o papel (muito importante!!!). Derreta o chocolate num refratário.

2. Bata as gemas com o açúcar por 3-4 minutos até formar uma mistura fina e bem clara. Acrescente o chocolate derretido e continue batendo. Em uma outra vasilha totalmente limpa, bata as claras em neve até formar picos. Misture 1/4 das claras na massa de chocolate e mexa cuidadosamente. Adicione o restante das claras em neve. Coloque a mistura na forma e distribua-a bem nos cantos.

3. Asse em forno pré-aquecido, a 180° C, por cerca de 20 minutos ou até que a massa tenha crescido e esteja firme. Espalhe o açúcar refinado em uma folha de papel-manteiga.

4. Deixe o bolo na forma por 10 minutos e depois vire-o na forma de papel-manteiga. Cubra com um pano de prato e deixe esfriar.

5. Para fazer o recheio, misture o café com uma colher de sopa de água fervendo para dissolvê-lo. Coloque em uma vasilha com o creme de leite e o whisky e bata até que a massa forme picos. Espalhe o creme linearmente por toda a massa e enrole-a. Retire o papel-manteiga e coloque o rocambole num prato. Eu usei algumas cerejas para decorar. [Atenção: aqui eu fiz diferente. Como ninguém gostava de whisky, muito menos de chantilly, tive que fazer um recheio mais ‘pobrinho’, de leite condensado com coco. Ficou gostoso, mas o recheio original me parece maia ‘ousado’… em todo o caso, fica aqui a sugestão.]

O meu ficou assim:
Simplesmente irresistível!!!

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6. SOPA DE BATATA

O tempo aqui no Rio tem estado uma beleza: frio e seco, do jeito que eu gosto. E gosto mais ainda porque nessa época a gente pode se deliciar com caldinhos, sopas e chocolate quente. Aqui em casa, a campeã de audiência é essa sopinha de batata:

Eu faço assim: corto uns 300 gramas de lombo defumado e pico bem picadinha uma cebola média. Douro a cebola em três colheres de sopa de azeite extra-virgem (tá, eu sei que não pode esquentar azeite, mas…) e junto o lombo. Deixo dar uma refogada (se precisar junto uma colher de sopa de água) e quando vejo que a cebola já ficou molinha, junto umas oito batatas médias picadas não muito pequenas. Coloco água suficiente para cobrir as batatas, junto sal, pimenta do reino moída na hora e uma folhinha de louro. Quando já está tudo bem cozido, retiro as batatas com um pouco do caldo e bato no liquidificador, com o cuidado de deixar os pedacinhos de lombo intactos. Volto com a batata processada para a panela e, nesse momento, acrescento uma colher de maisena dissolvida em um copo de leite. Mexo bastante até incorporar, deixo ferver, corrijo o sal, se necessário for e pronto! Um creme de batatas quentinho e macio para aquecer as barriguinhas. Quem quiser, pode salpicar parmesão ralado na hora por cima. É uma alegria só.

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7. TORTA DE LIMÃO


Tenho uma amiga que adora minha torta de limão. Todas as vezes que pergunto a ela se ela quer um presente ela responde: torta de limão. Essa daí foi feita a pedido da própria. Pena que estava muito quente e o tempo que tivemos não foi suficiente para fazê-la gelar como devia. Quando você fizer a sua, não se esqueça de mantê-la sob refrigeração um bom tempo. Mas, se não conseguir, tudo bem. A gente entende.

INGREDIENTES:
Massa :
2 xícaras de chá de farinha de trigo
4 colheres de sopa de margarina
1/2 lata de creme de leite
1 colher de chá de fermento em pó
Recheio :
1 lata de leite moça
6 colheres de sopa de suco de limão
1/2 lata de creme de leite
1 colher de sopa de raspas de limão
Cobertura :
3 claras
4 colheres de sopa de açúcar

MODO DE PREPARO:

Peneire a farinha, faça uma cova no centro e coloque a margarina, o creme de leite e o fermento. Misture-os com as pontas dos dedos, juntando a farinha até que seja toda incorporada à massa e que solte completamente das mãos. Deixe descansar por cerca de 30 minutos na geladeira. Abra a massa, forre uma fôrma de aro removível (25cm de diâmetro), fure o fundo com um garfo asse em forno médio alto (220ºC), por cerca de 20 minutos ou até ficar com as bordas douradas, mas não escuras. Enquanto isso, prepare o recheio e a cobertura.

Recheio :
Misture bem o leite moça com o suco de limão até que adquira consistência de creme. Misture o creme de leite e as raspas de limão. Reserve.

Cobertura :
Bata as claras em neve, junte aos poucos o açúcar e bata até obter um suspiro firme. Recheie a torta com o creme de limão, cubra-a com o suspiro e volte a torta ao forno baixo (150ºC), por 10 minutos, apenas para dourar o suspiro. Deixe esfriar antes de servir.

Dicas:
Esta massa é muito fácil de preparar, basta que os ingredientes formem uma mistura homogênea, não precisa sovar muito.
Se a receita precisar ser preparada com antecedência, faça a massa com o recheio e deixe na geladeira. Próximo ao momento de servir, cubra com o suspiro e asse. Assim, a torta terá aquela superfície fofinha.
Caso queira, congele a torta sem a cobertura de merengue. Deixe por até 3 meses em freezer ou duplex. Para descongelar, deixe a torta por cerca de 3 horas em geladeira. Cubra com o merengue e leve ao forno baixo (150°C) por cerca de 15 minutos. Sirva a seguir.

Rendimento: 10 porções

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8. BARRINHAS DE CHOCOLATE


O nome original dessa sobremesa, retirada desse livro aí embaixo é “barras Nanaimo“.

Como eu acho o nome pra lá de esquisito, resolvi re-batizá-la de “barrinhas de chocolate”, embora a consistência nem seja tão durinha assim que justifique o substantivo “barra”, se é que me entendem…
Mas enfim. A sobremesa é muito boa, principalmente quando os famintos se convencem de que é melhor comê-la gelada…

Como não poderia deixar de ser, eu, na minha infinita mitidez, resolvi mudar alguns ingredientes, e logo vocês verão o porquê. Antes de executá-la, tive o cuidado de retirar todos os ingredientes da geladeira. Mesmo quando a receita não pede eu faço isso. Acho que fica melhor trabalhar todos os elementos em temperatura ambiente. Depois separei uma tigela grande e uma panelinha de ágata, para levar o creme ao fogo. No momento de fazer o creme, um desastre: ele empelotou todo! Não sei se a panela era pequena, se a temperatura estava alta demais, o fato é que empelotou. E a saída foi usar um truque ensinado pela dona Sônia, minha mamã: arrume uma peneira e passe o creme por ela. Ele ficará lisinho de novo. Não é ótimo ter uma mãe sabida?Então vamos ao que interessa, formiguinhas: o doce!
Para a base separe:

1/2 xícara de manteiga derretida
1/2 xícara de açúcar
1/2 xícara de chocolate em pó
1 ovo médio
2 xícaras de biscoitos esmigalhados (usei Maria)
1 xícara de côco em flocos (usei o côco que minha mãe traz do sítio, ralado e fresquinho, acondicionado em sacos que vão para o freezer e são retirados uma hora antes da execução da receita. Mas pode fazer também com côco ralado industrializado. Nesse caso, eu prefiro aquele úmido e adoçado)
1/2 xícara de nozes picadas

Para o recheio: (vou postar o que a receita manda e depois digo o que modifiquei)

1/2 xícara de manteiga
4 colheres de sopa de pó para pudim de baunilha (rêllou! pó para pudim? Nem morta!)
2 colheres de chá de essência de baunilha
6 colheres de sopa de leite
4 xícaras de de açúcar de confeiteiro peneirado

Bom, eu preferi fazer assim:

Misturei numa panelinha (a tal de ágata) uma lata de leite condensado, uma lata de leite, três gemas (passadas na peneira), uma colher de sopa de maizena e duas colheres de chá de essência de baunilha. Depois de engrossar, juntei uma colher de manteiga.

Para a cobertura: (também mudei um pouco…)

85 gr de chocolate meio-amargo picado ou ralado
1 colher de sopa de manteiga

Eu fiz assim:

Não sei quanto de chocolate eu coloquei, foi no olho, mas acho 85 gr muito pouco… Ralei, coloquei na panelinha e levei ao fogo em banho-maria. Quando derreteu, deixei esfriar um pouco e juntei creme de leite, só o suficiente para dar uma consistência sedosa. Eu caí na besteira de colocar manteiga o que é um erro, não precisa mesmo.

Para montar a sobremesa:

1. Numa tigela média, junte os sete primeiros ingredientes para a base até misturarem bem (aqui um comentário: eu achei a princípio muito esquisito usar ovo cru, mas não fica com gosto nem cheiro do dito cujo).

2. Feito isso, comprima a mistura numa forma retangular (eu usei uma de tamanho médio).

3. Deixe refrigerar por uma hora e, enquanto isso, faça o creme.

4. Depois que o creme esfriar, coloque sobre a base e deixe refrigerar por mais uma hora.

5. Faça a cobertura, derretendo o chocolate em banho-maria.

6. Espere esfriar um pouco e espalhe sobre o recheio gelado. Deixe refrigerar até ficar firme (se conseguir resistir!).

7. Corte em quadrados e sirva.

O meu ficou assim ó:




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Para finalizar, salpiquei chocolate em pó e cacau em pó sobre a cobertura, notaram? Eu comi só esse pedacinho, mas fiquei tão feliz por isso!

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9. SOPINHA DE CENOURA

As águas de março chegaram, fecharam o verão e esse não deixou nenhuma saudade no meu coração. Quem é que gosta de se sentir como uma batata cozida no vapor? Adoro quando começa a temporada de chuvinhas amenas, que vêm refrescar e limpar o ar. E, de quebra, ainda permitem que você faça coisas quentinhas e gostosas. Nem precisa esperar o inverno.
Creme leve de cenoura

 

Numa panela (onde mais seria, néam???), cozinhe três copos de cenoura picada e um copo de batata. Quando estiver molinho, bata no liquidificador e passe o caldo por uma peneira fina. Coloque 3 colheres de óleo ou azeite de oliva em outra panela e frite um copo de champignons em fatias por seis minutos. Adicione sal a gosto, 1/2 copo de salsa picada e um tomate grande e madurinho. Mexa bem e, após dez minutos, acrescente o caldo peneirado. Assim que levantar fervura, engrosse com uma colher de sobremesa de maisena diluída em leite (opcional).P.s.: Eu acrescentei uns croutons feitos por mim. É só cortar o pão de forma em cubinhos e fritá-los no azeite, temperando com sal e outro tempero a gosto do freguês. E vá dormir de buchinho bem quentinho.

 

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10. BOLO DE FRUTAS SECAS E CONHAQUE

Definitivamente, bolo é a minha comfort food favorita (a segunda é risoto). Tudo nele lembra infância, saciedade, bem-estar. Eu sempre gostei muito de bolo de chocolate, mas confesso que não era o meu favorito. Porque chocolate tem lá suas limitações e não cai bem com tudo (eu acho o sabor muito forte e impositivo). Esse bolo de frutas eu aprendi a fazer há pouco tempo, mas ele já virou o dono do meu coração. Tudo nele é delicioso: o cheiro, o azedinho das frutas, as nozes, a massa encorpada. Acho tudo perfeito. Tivesse eu dez quilos a menos faria dia sim, dia não. Acompanha bem um café, chá, suco, qualquer coisa. É a minha paixão mais recente e paixão a gente não explica…

 

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Bolo de frutas secas e conhaque

 

Para fazer, você vai precisar de:- 05 ovos (usei 4);
– 01 xícara de chá de manteiga sem sal (eu não uso margarina);
– 02 e ½ xícaras de chá de açúcar;
– ½ xícara de chá de leite quente;
– 02 e ½ xícaras de chá de farinha de trigo peneirada;
– 01 colher de chá de fermento em pó peneirado;
– ½ xícara de chá de uva passa branca sem sementes;
– ½ xícara de chá de fruta cristalizada;
– ½ xícara de chá de noz picada.
– uma dose de conhaque que baste para deixar as passas de molho.
Para fazer essa delícia, ponha as passas de molho no conhaque, pelo menos uma hora antes de começar a fazer o bolo. Aproveite e tire todos os ingredientes da geladeira, até que fiquem em temperatura ambiente. Pré-aqueça o forno a 180°. Separe pelo menos duas tigelas adicionais, além daquela usada na batedeira. Feito isso, separe as claras, bata-as em neve e reserve-as. Bata a manteiga com o açúcar até ficar um creme bem clarinho. Adicione as gemas, uma de cada vez, junte o leite aos poucos e continue batendo. Desligue a batedeira, misture as uvas passas, as frutas cristalizadas e as nozes na farinha de trigo e no fermento já peneirados. Coloque a mistura de manteiga, açúcar e gemas numa tigela grande e adicione os demais ingredientes na seguinte ordem: farinha com fermento, frutas secas, conhaque e por fim, as claras em neve. Misture cuidadosamente com uma espátula, sem bater. Unte com manteiga e enfarinhe uma fôrma retangular (updeiti: eu usei uma forma redonda de 20 cm de diâmetro), despeje a massa e asse em forno pré-aquecido a 180°C por 30 minutos. Retire do forno, espere esfriar e pronto para servir. Enjoy!

P.S.: Da primeira vez que fiz, usei passas escuras. Da segunda vez, as claras. Prefiro as claras, mas não acho que faça tanta diferença no sabor.
P.S.:² Se você tiver açúcar de confeiteiro, pode peneirar um pouco em cima do bolo pra dar esse efeito de “neve caindo”…

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11. MOLHO DE IOGURTE PARA SALADAS

Mesmo correndo todos os dias, eu precisaria fazer dias e dias de jejum pra perder o toucinho ao redor da cintura, mas ando com uma preguiça fenomenal até para fritar um ovo [Opa! alguém falou em ovo? Ovo não pode, amiga. Muita gordura, sabe…].

Então, semana passada eu só comi praticamente salada e suas variações por alguns dias. Pra não cair na monotonia, nada melhor do que incrementar as folhinhas e legumes. Aí eu preparei esse molhinho rápido e fácil. Então lá vai:

Você precisará de:

1 copo de iogurte desnatado
1 batata pequena
1 dente de alho pequeno [o alho é a gosto. Se você acha forte, coloque só um pedacinho]
Sal e pimenta do reino moída na hora
Uma colher de chá de mostarda tipo Dijon

Bata tudo no liquidificador ou processador. Deixe gelar um pouco e pronto. Fica delícia!

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Detalhes: a salada era super-simples: alface crespa, alface lolo rossi, milho, cenoura, cebola roxa, batata, ovo e tomate cereja. Bem crocante e fresquinha, como deve ser nos dias de calor. Os quais, diga-se de passagem, andam em falta aqui no Rio…

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12. ESPAGUETE A CARBONARA


Dia desses eu cometi um espaguete à carbonara. Um verdadeiro perigo pra quem está firme e forte no VP. O maior problema do carbonara é que eu acho delicioso e nunca consigo comer uma porçãozinha mixuruca. E aí, amiguinhos, haja Pontos Flex. Afinal, estamos falando de bacon, ovos e queijo. Uma mistura bombástica.Daí, você deve estar se perguntando: -“Mas e o creme de leite?”. Não tem. Diferente das outras receitas de carbonara, essa que eu faço e gosto tanto não leva creme, mas fica igualmente cremosa por conta dos ovinhos: quatro, pra ser mais exata. Então, vamos à ela:
Coloque uma panela bem grande cheia de água para ferver – grande mesmo; o ideal são quase dois litros – coloque sal (se você colocar o sal depois que a água ferver a temperatura vai abaixar) e, enquanto ferve, vá separando os ingredientes:
* 1 colher de sopa de azeite de oliva
* 1 pitada de sal
* 375 gr de espaguete seco (de preferência grano duro)
* 25 gr de manteiga
* 1 cebola picada
* 375 gr de bacon picado
* 4 ovos batidos
* 75 gr de queijo parmesão ralado (eu deixo pra ralar na hora – não use aquele de saquinho, queijo de verdade é muito melhor!)
* 125 gr de queijo Pecorino ou prato ralado
* 1 colher de sopa de salsinha fresca picada, para enfeitar
  • Cozinhe a massa por, aproximadamente, 10 minutos, ou até ficar al dente.
  • Enquanto isso, aqueça o azeite e a manteiga numa frigideira bem grande. Frite o bacon e a cebola até que estejam crocantes. Retire-os do fogo e seque-os em papel toalha.
  • Escorra a massa. Coloque um pouco da gordura da fritura do bacon [atenção: aqui você tem que esquecer todos os seus princípios de alimentação light e saudável] numa panela limpa. Retorne a massa para a panela e aqueça sobre fogo moderado por 1 minuto, mexendo sempre.
  • Adicione, então, o bacon e a cebola e misture bem. Faça um buraco no centro da massa e adicione os ovos batidos, misturando a massa sem parar, por dois minuots, ou até que os ovos estejam cozidos.
  • Separe um terço do queijo parmesão ralado. Adicione o restante, juntamente com o queijo prato ou Pecorino à massa. Coloque a massa sobre pratos aquecidos, salpique com o parmesão reservado e enfeite com a salsinha.
  • Duvido muito que você consiga comer só um pouquinho…

Nesse dia, eu não tinha salsinha…E quem se importa?

 


 

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13. SALADA ESCANDINÁVIA [PERO NON TROPPO]

Então, pra não saírem por aí dizendo que só sei fazer bolos, escolhi uma receitinha de salada pra postar aqui. Essa receita se chama Scandinavian salad e saiu de um livro de receitas vegetarianas. Esse aqui ó:
Vou logo avisando que não tinha todos os ingredientes e tive que improvisar [MUITO!], mas a salada ficou boa assim mesmo.Para fazê-la, você vai precisar de 750 gr de beterrabas pequenas (eu usei uma só, grande), 750 gramas de batatas (eu usei menos também), 2 ovos bem cozidos, uma colher de sopa de vinagre de vinho tinto, uma colher de chá de melado (eu não tinha, usei vinagre balsâmico, instead), duas colheres de sopa de iogurte grego (usei o natural de potinho mesmo; eu lá tenho iogurte grego?), caraway seeds tostadas levemente (por mais que tenha tentado, não consegui descobrir o que são essas tais sementes…), pimenta moída na hora e folhas de endívia (tentei achar, mas acabei usando alface crespa mesmo…). Para o molho de mostarda será preciso duas colheres de chá de mostarda tipo Dijon, uma colher de chá de mostarda seca (não usei), sementes de mostarda amarela torradas (não usei também), meia colher de chá de horseradish (também não consegui atinar para o que possa ser…), uma colher de chá de vinagre de vinho branco, duas colheres de chá de azeite, oito colheres de sopa de iogurte natural light e duas colheres de sopa de dill picado.

 

Para começar, umas duas horas antes você deve embrulhar a(s) beterraba(s) em papel alumínio e levar ao forno para assar. Como eu estava assando os bolos, aproveitei para usar o forno. Leva tempo, mas fica uma delícia. Quando estiver macia, retire do forno, espere esfriar, descasque, corte em cubinhos, coloque-os numa tigela ou saladeira e reserve.

Enquanto a beterraba assa, descasque e pique as batatas em cubinhos e cozinhe-as – mas não muito – até ficarem macias. Você pode aproveitar para cozinhar os ovos também. Quando eles estiverem frios corte um deles em seis fatias; o segundo deles você corta no meio, retira a gema e reserva para o molho de mostarda. A clara você vai picar bem pequenininho para guarnecer a salada.

Coloque, então, o vinagre tinto e o melado numa tigela pequena e misture bem, colocando a seguir sobre as beterrabas, tomando o cuidado para que elas absorvam bem o molho. Eu não tinha melado, por isso usei vinagre balsâmico e azeite. Adicione o iogurte as caraway seeds (se você conseguir descobrir o que são, por favor, me avise) e a pimenta, sempre misturando bem.

Para o molho de mostarda, esmague a gema que você reservou numa tigelinha, juntamente com a mostarda de Dijon. Acrescente a mostarda seca, as sementes de mostarda e o tal horseradish ralado, misturando completamente. Depois disso, misture o vinagre de vinho branco, o azeite, o iogurte e o dill.

Você vai arrumar a salada assim: Forre uma saladeira com as folhas de endívia e, no meio dela, coloque as beterrabas já misturadas ao seu molho. Em volta das beterrabas, arrume as batatas misturadas ao molho de mostarda. Jogue a clara de ovo picadinha por cima das beterrabas e arrume as fatias de ovos ao redor das batatas. Deixe a salada na geladeira pelo menos meia hora antes de servir. Acompanha uma seleção de pães variados. Mesmo sem ter todos os ingredientes, a minha ficou muito gostosa. Olha aqui uma foto (só uma tá, foi o que eu consegui na correria de arrumar tudo antes que os convidados chegassem):

14. BOLO DE FUBÁ CREMOSO

Já falei aqui que sou louca por bolo de fubá ou milho? Então, eu sou. Adoro um bolinho de fubá fofinho pra tomar com café (um dos meus vícios) à tarde, mas custei a achar uma receita em que o bolo tivesse essa fofice toda, afinal, fubá é um ingrediente pesado. E eu vou confessar uma coisa, não gosto daqueles bolos de milho com milho de verdade, talvez porque nunca tenha conseguido fazer um direito. Os pedacinhos da casca do milho me incomodam profundamente. Esse é um dos meus pet peeves.

A receita que está aí embaixo eu achei num daqueles livros de culinária mineira. O bolo fica leve, fofo, cremoso e com um gostinho de limão especial. Espero que vocês gostem tanto quanto eu.

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Você vai precisar de:* 1 ¹/² xícara (210 gr) de fubá
* 1 xícara (130 gr) de farinha de trigo
* 3 xícaras (540 gr) de açúcar
* ¹/² colher de chá de sal
* 4 xícaras (960 ml) de leite
* 1 xícara (135 gr) de queijo minas bem picado
* 4 gemas
* 1 colher de chá de casca de limão ralada
* 3 colheres de sopa (45 ml) de manteiga derretida
* 2 colheres de sopa (20 gr) de fermento em pó
* 4 claras batidas em neve

 

Comece untando com manteiga e polvilhando com farinha um tabuleiro de 26 x 40 cm. Pré-aqueça o forno a 180°. Peneire a farinha e o fermento e deixe à parte. Numa tigela grande coloque o fubá, a farinha de trigo já peneirada, o açúcar, o sal e o leite e misture bem com uma colher de pau (eu bati na batedeira na velocidade média). Sempre batendo, acrescente o queijo, as gemas, a casca de limão e a manteiga até que a mistura fique homogênea. Desligue a batedeira, acrescente as claras em neve e o fermento, pegue a melhor colher de pau da casa e misture-os delicadamente à massa, fazendo movimentos de baixo para cima (se quiser, pode usar uma espátula). Despeje a mistura numa assadeira e deixe descansar por 15 minutos. Após esse tempo, leve ao forno pré-aquecido e asse por cerca de 35 minutos ou até a superfície do bolo ficar dourada. O meio dele deverá estar cremoso. Deixe esfriar e pronto. Huuummmm!

Agora o resultado:

Eu não tinha uma forma do tamanho exato e tive que usar uma menor e duas formas de suflê para a massa que restou, por isso o bolinho redondo…

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